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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A Era das Marcas e a Era das Causas

É fácil entender a Era das Marcas quando cai a energia elétrica, seu celular acaba a bateria e sua avó acende uma vela para contar um causo. Mas e a Era das Causas, como é?

Vai longe o desenho da comunicação social como elemento de entendimento entre um orador e uma plateia. É claro que a massificação das redes sociais acabou por reduzir o orador centralizado não extinguindo-o, mas anulando sua conversão absoluta. A ilação fica, até certo ponto simplória, quando cai a energia elétrica, seu celular acaba a bateria e sua avó acende uma vela para contar um causo.

Essa realidade penúmbrica foi a Era das Marcas. Entendendo até aqui os próprios elementos midiáticos como ferramentas de marcas, não havia, até a chegada do Orkut, um ambiente que suprimisse o paradigma da comunicação verticalizada. Ou seja, eles falavam e nós ouvíamos. Simples.

Com o advento da tecnologia horizontalizando as relações entre indivíduos e marcas, algumas barreiras foram quebradas e
outras subjetividades entraram em jogo, tornando mais complexo o panorama das relações. Afinal, o casal feliz da propaganda de margarina não é uma realidade, e nunca foi; é uma pseudo-realidade que cria o universo da imagem ideal. E cansou.
“[...] Assim como uma canção de um astro da música saturava-se pela exposição demasiada nas rádios; assim como uma tendência de moda satura-se pela grande quantidade de pessoas usando o modelo de roupa em voga; a intensidade da exposição, nos dias atuais, leva à saturação [...]” (Valéria Brandini)
Agora, qualquer empresa que não entenda o novo diálogo, acaba ralando os joelhos nas escadarias do top of mind. E “ser lembrado” é uma forma direta de conversão em faturamento, mas não é suficiente. Agora sua marca precisa “ser lembrada” por fazer coisas boas, ter relevância social e fazer a diferença para um mundo melhor.

É que a métrica do relacionamento contemporâneo gestou no indivíduo a percepção de que ele é uma marca e, nesse sentido, não espera que uma empresa/marca seja pior que ele. Pois é claro, não admiramos alguém inferior à nós.
Você já deve ter se deparado com aquele outdoor de mal gosto; ou aquele folheto confuso distribuído no semáforo; ou então aquele post com a fonte na mesma cor do fundo… E, em todos os casos, você pode não ter dito, mas pensou: “Sem noção!”, “Que ridículo!”, ou “Nossa! Foi uma criança que fez isso?”.
O fenômeno contrário ocorre no momento em que você está vendo, na TV ou nas redes sociais, o debate presidencial com a maior crise de representatividade política da democracia brasileira e, quando vai para o comercial, entra um filme do Burger King questionando o “voto branco”. Daí você vai se levantar e entra o filme da Chevrolet falando sobre “como as coisas deveriam ser”.

Estamos, definitivamente, na Era das Causas. A marca que entrar no debate será lembrada. A que não entrar será trocada. É a vida.


 
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