clique aqui e receba as atualizações do blog em seu email


PARA EMPRESAS AS PALAVRAS MUSICADAS AS OUTRAS PALAVRAS CONTATO HOME


Anuncie no Blog do Alex Pinheiro. Clique aqui!

As páginas mais visitadas aqui:

sexta-feira, 14 de junho de 2013

E quando a festa acabar?

Depois de uma crise global, em 2009, que refletira diretamente em muitos aspectos, o ciclo seguinte significava bastante trabalho e algum lazer. E quando se fala em lazer, subliminarmente falamos de Turismo. Era esperar. E veio. Segundo a Infraero, os desembarques de passageiros em voos domésticos, de janeiro a novembro daquele ano (61,2 milhões), superaram os 56 milhões registrados em 2009. Não fossem as constantes dificuldades enfrentadas pelo setor aeroviário e a atrapalhada Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), esse número provavelmente teria sido maior.
Mas trapalhadas atraem o brasileiro. São empresários enchendo suas prateleiras de paquinhas bilíngues e ignorando o turista brasileiro; governos captando eventos internacionais e puxando tarifas hoteleiras absurdas; instituições acadêmicas comercializando ciência e relegando o debate para a tv; etc.. Dia desses vivenciei um empreendedor turístico que deixou um grupo de 30 senhoras brasileiras para recepcionar um casal britânico. Ou seja, não estava preparado para receber a torre de babel.

Como foi criado o logotipo da Copa?
Em função da euforia desses grandes eventos planejados no país, que devem engrossar muito mais a visita internacional, a...
preocupação com a modernização do atendimento se agrava, uma vez que paira sobre a cabeça desse turista o rótulo de “exigente”. Quando, em verdade, o preocupante é que a mesma postura não seja adotada sobre o julgamento doméstico; um cuidado em não passar vergonha. Isso não se manifesta na questão do turismo doméstico.
Com uma política social estudada por amantes e desafetos, Lula formatou uma nova classe média, com anseios específicos e um bando de empresários apavorados por não corresponder às características dessa demanda emergente. Em 2011, quase 9 milhões de brasileiros das classes C e D viajaram de avião pela primeira vez, segundo o instituto de pesquisa Data Popular. E a indústria do turismo continua ignorando essa necessária fatia do mercado interno.
Algumas empresas já tentam adequar seu atendimento e criar novos produtos/serviços para esse público, entretanto ainda falta a sensibilidade ideal. Trata-se de um grupo social que ascendeu à condição de compra, conquistou um considerável poder aquisitivo e mantém parâmetros “televisivos” de consumo. Ou seja, o mercado precisa vender o melhor e apostar seu faturamento em função da quantidade, pois a pirâmide começa a perder sua forma tradicional.
Espero que essa preocupação em não “pagar mico” contagie a atividade doméstica. Espero que a comunidade e os empresários de pólos receptores de turista, quiçá todo o setor de serviços nacional, descubra que servir é uma arte e nunca será excelente se for associada à milenar experiência escravocrata de, em pleno cenário capitalista, ofertar salários de fome que só atraem mão de obra desqualificada. Assim como espero que o próprio brasileiro seja visto como alimento dessa máquina depois que a festa acabar.

Alex Pinheiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Google Analytics Alternative